quarta-feira, 13 de julho de 2011

Patentes Manchadas

Suavemente dilacerados,
Eletrificados ao vosso desígnio.
Sobre os ombros, escombros,
Sob a moral, o indigno.

Mortalhas retorcem moinhos,
Calando nossa ronquidão,
Malhas sufocam os espinhos,
Mantas da inexpressão.

Nas Patentes Manchadas
Coloquemos alvejante.
Hemorragias estancadas
No Inanimado Militante.

A carne, o sangue e a mamata,
O alvará e a demência implantada,
Simulada a existência pacata,
Empurrão pra masmorra maquiada.

A sangueira estancada,
A cegueira velada,
A estribeira perdida,
Decaída e vedada.

Destroços e princípios,
Para os is os seus pingos,
No escárnio rendido,
A sangria, o respingo.

Na psicose do gringo,
Fragilizando e ferrando,
Contra a pólvora, o xingo.

Sócios em consórcios,
Em que estragos são negócios,
Militarismo e Sacerdócio,
Exercício do ócio, ócios do ofício.

Após as trincheiras,
Recém afrouxadas,
O militante padece,
Em Patentes Manchadas.

(Compositor: Michel F.M.) ©